Havia um mundo de informações pipocando nos veículos de comunicação - alta da gasolina, guerra na Ucrânia, a festa dos pastores com dinheiro público no MEC, o risco cada vez mais presente de um conflito mundial, e a notícia mais lida nos jornais e sites tinha relação com um morador de rua, supostamente seduzido pela mulher de um Personal Trainer.
Como se de repente as tragédias do mundo fossem colocadas em segundo plano. Sexo e traição, o inusitado de o principal personagem dessa trama ser um morador de rua ao mesmo tempo escandalizava, seduzia, com comentários picantes espalhados aos milhões nas redes sociais.
Do nada, ou do lixão, Givaldo Alves tornou-se uma celebridade, convidado para entrevistas e até ser candidato a deputado, ele passou a contar detalhes da relação com a mulher ”linda de morrer”, segundo disse, contando que fizeram sexo anal e oral. Uma história que atiça a imaginação, especialmente de homens que viram na mulher um simples objeto de prazer, e o morador de rua como o super homem “que comeu a gostosona do bairro".
O episódio chama atenção menos pelo fato do rapaz ser um morador de rua, que foi “cantado e seduzido" por uma mulher, mas porque de repente nos damos conta que esse mundinho que temos escondido dentro de nós aflora aos borbulhões diante desse tipo de história, esmagando a intimidade e a honra alheia.
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